out 30 2020 Secretaria alerta para tratamento da psoríase e preconceito Autoria: Redação | Fotos: Divulgação O dia 29 de outubro é marcado como data de conscientização, tratamento e combate ao preconceito relacionados à psoríase, uma enfermidade inflamatória crônica da pele caracterizada por lesões avermelhadas e descamativas, normalmente em forma de placas, não transmissível e que não tem cura. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a doença afeta cerca de 3% da população mundial, isto é, 125 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 5 milhões apenas no Brasil. A psoríase atinge pessoas de qualquer faixa etária, com maior incidência entre 30 e 40 anos e 50 e 70 anos, sem distinção quanto ao gênero. No Brasil, a prevalência média da doença é de 1,3%, variando entre 0,9 a 1,1% nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e 1,9% no Sul e Sudeste. As causas da psoríase ainda são desconhecidas, mas se sabe que envolvem questões autoimunes e genéticas. Também já está confirmado que alguns fatores externos podem causar o surgimento ou a piora das lesões, como o tempo frio, as infecções e o estresse. O hábito de coçar ou de mexer nas lesões e os banhos quentes e prolongados pioram o quadro, provocando, muitas vezes, até ressecamento e coceiras da pele. O médico dermatologista do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (Iede) e diretor da SBD, Egon Daxbacher, alerta sobre o preconceito que pacientes diagnosticados com a psoríase sofrem. “Toda doença que afeta a pele de forma intensa, e que leva a prejuízo na imagem, acaba sendo alvo de preconceito, infelizmente. Isso faz com que as pessoas diagnosticadas possam se sentir mal com a doença mais do que ela própria já cause problemas e, com isso, até dificultar a resposta ao tratamento”, opina o especialista. Daxbacher também associa doenças crônicas (hipertensão arterial, diabetes e obesidade) e problemas emocionais e psicológicos como uma forma de desencadear ou agravar a psoríase. O médico ressalta a complexidade de casos mais graves.