fev 26 2021 Projeto Calçada Acessível, da Firjan e ABCP, realiza workshop com vivência de barreiras urbanas em Paraíba do Sul Autoria: Redação | Fotos: Divulgação Para vivenciar as dificuldades encontradas por idosos e deficientes físicos ao transitar pelas calçadas de Paraíba do Sul, um grupo formado pela prefeita Dayse Onofre, secretários municipais e técnicos participou de um workshop realizado pelo Projeto Calçada Acessível, na quarta-feira (24). Utilizando bengalas, vendas e cadeiras de roda, eles percorreram ruas do município e sentiram na pele os desafios vividos diariamente por pessoas com problemas de locomoção e deficiência visual. Desenvolvido pela Firjan e a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), a iniciativa tem o objetivo de padronizar as calçadas e passeios públicos e torná-los acessíveis a todos, principalmente, para idosos e pessoas com deficiência, visando a inclusão e a qualidade de vida do cidadão. As ações do programa incluem capacitação de técnicos e treinamento de profissionais, assistência técnica nos projetos urbanos, levantamento de informações sobre projetos e obras, e orientação para a elaboração do manual técnico.“Como prefeita entendo que temos que trocar de lugar com o próximo para enxergar que acessibilidade é questão de respeito e dignidade com uma classe de pessoas que tanto sofre com a negligência do poder público. Demos início hoje a transformação desta triste realidade em Paraíba do Sul”, afirmou Dayse.Segundo Luiz Gustavo Guimarães, especialista de Desenvolvimento Setorial da Firjan, a proposta é que todos conheçam as dificuldades de transitar em calçadas danificadas e propor melhorias para a acessibilidade. “A vivência dessas barreiras é momento mais sensível e fundamental de todo o projeto. As pessoas percebem a dificuldade e se colocam no lugar do outro, do que não tem mobilidade ou do que não enxerga. Por isso, no fim, o documento elaborado a muitas mãos representa um grande instrumento de inclusão social”, explicou.O manual abordará normas e regras para a construção de calçadas e determinará sobre a textura dos pisos, largura máxima e mínima do passeio, inclinação e local adequado para instalação de rampas de acesso, faixas de pedestres, uso de pisos táteis, canteiros, entre outros. A partir de sua publicação, o manual servirá ainda para orientar obras públicas e particulares exigindo que os projetos sigam as regras de acessibilidade defendidas pela Lei Brasileira de Inclusão (13.146/2015) e a NBR 9050.Guimarães ressalta ainda que a acessibilidade não é mais opcional e sim obrigatória, um direito de todos. “Cada município tem suas características e peculiaridades, por isso, o manual é um trabalho individual que traz as regras de acessibilidade e interpõe sobre as questões locais. Com isso queremos proporcionar um modelo mais democrático no município, gerando mais oportunidade para todos”, explica.